Aborto Natural | Espírita

Qual a razão de Deus encaminhar à Terra Espíritos que vão durar pouco tempo na existência terrena, ou que sequer irão chegar ao final da gestação?


Quase sempre estamos diante da Lei de Causa e Efeito. Espíritos que encerram a encarnação por meio do suicídio colocam-se em débito perante as leis cósmicas.

Essas reencarnações malsucedidas, invariavelmente, são provas que o Espírito se permite para resgatar aquele tempo determinado que não foi cumprido.

Em outros casos, são verdadeiras expiações, tanto para o Espírito, como para a mãe.

Primeiro, é uma grande prova para os pais, porque são eles a sofrer essa frustração tremenda, depois de um longo período preparatório, uma interrupção súbita, muitas vezes de aparência ilógica, resgatando débitos anteriores.
Também nos explica a Doutrina Espirita, através de Allan Kardec: “O Espírito, às vezes, arrepende-se de ter investido nessa reencarnação e recebe a permissão para liberar-se dela”. É o caso do natimorto, invariavelmente.
Em outras oportunidades, o Espírito dá-se conta da tarefa que lhe está destinada, das provas que vai experimentar, e teme. Então, roga à Divindade que seja interrompida a prova, para que possa dar continuidade em outro momento.

Apesar do sofrimento que isso representa para os pais, se mantiverem uma atitude de submissão aos divinos códigos de resignação dinâmica, o ser querido votará e trará as bênçãos da alegria que naquele momento foram interrompidas, modificando a estrutura cármica da sua existência.

Se considerarmos que a vida real é a do Espírito, o fenômeno da interrupção orgânica no plano material nada mais é do que uma experiência evolutiva para o reencarnante que teve a existência interrompida e para os pais, particularmente para a futura genitora, que não vai usufruir da felicidade momentânea da maternidade.
Podemos dizer a essas mães que tenha paciência. Que perseverem. Que superem aquele período de dor e preparem-se para uma segunda gestação, porque aquele Espírito, se for muito bem intencionado, retornará, proporcionando-lhe a grande felicidade maternal.

(ADAPTADO de Divaldo Franco Responde 2 – Páginas 206/207)

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